Saiba como ajudar um familiar ou amigo que tem problema com drogas
Uma doença que não escolhe cor, credo, idade, sexo, classe social ou grau de instrução. A dependência química é um distúrbio classificado com diferentes níveis de comprometimento que pode ser tratado e controlado. Ainda que, parte da população, desinformada, considere uma fraqueza ou falha moral.O coordenador terapêutico, Vitor Ângelo de 50 anos, diz que há muitos anos a ideia era de que para se recuperar um dependente era preciso vontade própria. Hoje, o conceito mudou. “É uma doença lenta, progressiva, incurável e fatal. Quando o dependente começa a perder a consciência, não tem mais este poder de auto-preservação”, justificando a necessidade de intervenção familiar.
A drogadição tem seu início como uma opção e termina como uma doença. Algumas pessoas precisam chegar ao fundo do poço para encontrar a vontade de transformar, verdadeiramente, suas vidas. Mas, até lá, um caminho de destruição pode levá-las à outros destinos. Os grupos de Narcóticos Anônimos (NA) dizem, que o, para quem não busca recuperação, o destino é 3C: clínica, cadeia ou cemitério.
A sobriedade é mantida através do compartilhar de experiências, forças e esperanças nas reuniões de grupos e através dos doze passos sugeridos para atingir e manter a abstinência. Nas reuniões dos grupos de autoajuda, o anonimato é o alicerce principal.Com 26 anos de experiência na área de recuperação, Vitor destaca que o processo de humanização proporciona a cada paciente a conscientização exata de suas dificuldades e desafios, encorajando e auxiliando no processo de mudança e superação.
“As famílias adoecem de tal forma que não conseguem enxergar o tamanho da doença. Se culpam e acabam não conseguindo agir para auxiliar o dependente, pois também estão doentes”, explica a relação de codependência que se estabelece, onde o dependente usa mentiras e manipulação para se manter na ativa. A família só conseguirá solucionar o problema, quando buscar ajuda.
O Amor-Exigente tem grupos semanais com duração de 2 horas que possibilitam que as pessoas que o frequentam tenham toda a visão do que é a dependência química. “A dor das famílias também é muito grande. É preciso conquistar o primeiro passo e admitir o problema, saindo da negação”, afirma Vitor que é preciso ter incentivo e coragem, pois não irão escutar apenas o que querem ouvir. A síntese de tudo isso, é que a pessoa precisa reaprender a se amar. “Ninguém ama ninguém, se não se amar primeiro”, finaliza Vitor dizendo que é a base para transformação de seres humanos melhores.
Grupo de Ajuda da Casa do Amor Exigente (Caex) 3272-3900 ou 99167-8584
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Fonte: Jornal do Laranjal